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VÂNIA ALVAREZ
( Pará )
Vânia Maria do Socorro Alvarez. -Possui graduação em Letras Licenciatura pela Universidade Federal do Pará (1979), Bacharel em Comunicação Social Jornalismo pela Universidade Federal do Pará (1992) e Mestrado em Estudos Literários pela Universidade Federal de Minas Gerais (2000). Doutorado em andamento. É Especialista em Leitura e Produção Textual pela UFPA. Concluiu o curso de Capelania Evangélica pela AGEAS (2014) e pela OCB (Ordem dos Capelães do Brasil, 2018). Bacharel em Teologia pela FACETEN (2014) e coordena projetos sociais e comunitários. Atualmente é professor Adjunto da Universidade Federal do Pará e colabora com outras instituições de ensino, pesquisa e extensão do Norte do Brasil.
Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Educação, Literatura, História e Memória Cultural e Estudos Culturais. Atua no ILC produzindo atividades ligadas ao Projeto LABIC - Literatura Amazônica, Bibliotecas e Cidadania. Ministra a disciplina Produção de Textos Acadêmicos, Literatura Amazônica e Literatura Brasileira. Coordena o Projeto Comunica Matemática para professores em formação (PARFOR/ICEN/UFPA) e o Projeto LABIC, com atividades de incentivo à Leitura em bibliotecas escolares e comunitárias. Atua em projetos com os seguintes temas: literatura, evolução do pensamento feminino, autobiografia e memória, leitura, educação de nível superior e formação de professores.
Informações coletadas do Lattes em 23/06/2020 – ESCAVADOR
VII ANUÁRIO DA POESIA PARAENSE. Airton Souza organizador. Belém: Arca Editora, 2021. 221 p. ISBN 978-65-990875-5-4
Ex. bibl. Antonio Miranda
Rótulos ou etiquetas?
[A uma foto antiga do poeta Celso de Alencar]
1. Meus olhos míopes envelhecem
2. E com eles aprendi
3. A detestar rótulos e etiquetas
4. Para mim não cabem
4. No mundo que devoro em leituras
4. Aceitar que poeta contemporâneo
4. Tem que ser escandalizador
4. Libertador de almas... lacrador
4. Todas as etiquetas incomodam
4. E essa forma etiquetada
4. Não cabe no dialeto poético.
13. E o poeta tem o mistério...
13. Se reinventar em muitas cenas
13. Pode ser tradutor declamador
13. Intérprete palestrante
13. Um maldito vagante
13. Perambulador gritante
13. Poeta pode ser o que quiser
13. Inclusive, assinar
13. Verlaine Rimbaud Baudelaire
22. O poeta toca
22. Seios, pernas, vaginas, pênis
22. Com sua magistral palavra
22. E extrai o acre onde há o condenável
22. E extrai o doce onde há o impublicável
22. O poeta pode se deitar com a Lua
22. Ver estrelas vagantes
22. Ouvir os tambores ancestrais
22.E ver nas procissões lacrimários
22. Eternos... os libertos... os condenados
32. E o Poeta nos faz sentir e ver
32. as amarguras as crueldades
32. as obscenidades as torturas
32. os assassinatos as solidões
32. os suicídios as decrepitudes
32. as calúnias as decepções
32. A miséria da criança criada em lixão
32. Os ódios de ex-amantes
32. O desespero dos enforcados
32. E o mundo real andando entre nós...
42. E assim é o poeta
42. A voz de João Ninguém
42. Que clama nos desertos
42. Nas praças entre multidões
42. Acolhendo nossas universais misérias
42. Nossa infinita transgressões
48. Meus olhos míopes envelhecem
48. E com eles aprendi
48. A detestar etiquetas e rótulos.
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Página publicada em março de 2022
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